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domingo, outubro 09, 2005

Meu grito!!! 

Meu grito contido
grito contigo.
Grito mudo,
calado...
meu grito profundo...
meu grito alado...


Grito que mudo
por ti
por tudo,
mudo do mundo,
sem força,
sem fundo...
meu grito sem som...

És grito vazio,
de vaga,
de rio,
de alma e de tom,
meu grito sonoro...
meu grito bom...

Grito que grito
que acalmo,
e agito,
que lanço e que dou...
meu grito, que sou...

Então grito 'eu sei!',
então grito 'eu sou!',
meu grito que soltei
que gritei
e que voou...

E grito,
'...esquecido!',
e grito,
'...aqui estou!',
meu grito ferido
que sangra caído..
meu grito... acabou

Meu grito surdo
grito atroz,
grito ausente,
que finalmente
grito sem voz,
meu grito que vejo
que desejo e prevejo
meu grito '...só nós!'

Meu grito que não sinto
e sinto que não gritei,
meu grito que minto,
meu grito 'já nem sei!..'
meu grito que não ouço
que não sinto e não posso
e que grito...'gritarei!!!'

Meu grito enfim,
que preciso gritar,
meu grito que, no fim,
terás-me assim,
sem nada de mim...
a ouvir-te gritar...

quinta-feira, outubro 06, 2005

Criaturas da naite... 

Eternos descontentes,
do contentamento da caneca,
à espera de alguém
que os carregue...
... para meca

Despertos para a noite,
cambaleantes da cidade,
em busca da procura
da necessidade da vontade.

Necessitados do custume,
entornam a alma no bar,
acustumados do negrume
desacustumados do pagar,
tropeçam nas sombras
que criam para tropeçar

Amantes do vago,
distantes do recordar,
lembram-se da vida dura,
que escondida da loucura,
no breu da noite escura,
se esqueceu de lhes lembrar

Então soluçam a medo,
ofuscados pelo olhar
do dia que nasce cedo
e que carrega o dedo
que aponta para os lixar

É vê-los então desaparecer,
da cidade a amanhecer,
encolhidos ao fundo,
pânico no olhar
despercebidos do cenário
que se vai revelando contrário
àquilo que querem acreditar

Os risos da noite...
calam-se então...
e nasce a harmonia
reservada por um novo dia
que desperta com a razão!

terça-feira, outubro 04, 2005

Bebado.... 

'Hoje estou bêbado'...
por fim admiti
e gritei bem alto à loucura
de tudo o que bebi

'Quínje!!!' regurgitei
na noite louca da vida
do que bebi,
foi o que me lembrei

'Olhe que não!'
alguém exclama
com olhar de caso
e copo em chama

'Quínje!!' disse bem alto
e desatei a rir
é que naquele antro de loucos
só um louco sabe ouvir

'Estou bebado'...
por fim gritei
e num segundo apenas
tudo o que consumi...
vomitei

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