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domingo, janeiro 08, 2006

Serei!!! 

Que serei? Penso...
sinto que pensei...
sentirei?...Que pensar?
Consinto... que indagar?
Será assim caminhar?
No entanto caminho,
percorro a pé, sózinho,
as distâncias a que me proponho,
e então... por onde andarei?
A dúvida assola-me pelo caminho,
que percorro, a que recorro e... pensarei?
Será que sou eu que ando, ou parado, imóvel,
sou percorrido pelo caminho?
Ao observar, será que vejo
ou aquilo que desejo,
não observo, não conservo
e tudo me ultrapassa devagarinho?
Não... espera... acalma esse desejo...
com ele o tempo escorre por entre as formas do que vejo
e o caminho... esse inseguro, a que me agarro, que seguro,
apenas acompanha o que pensei... será? Serei?
E as formas que observei? Serão cores? Amores que precisei?
Ou serei eu perdido, entre o sonho e o pedido, de talvez andar?
E que sombras são essas que avezinho sempre ao meu lado no caminho?
Coragem rapazinho... percorre o teu caminho.
Continua além da esperança que é de quem sempre alcança,
e parado, no caminho, não desistas por estar sózinho,
não te sintas pequenino, avança...
E por momentos algo me incentiva, numa memória reactiva,
que aumenta e que me priva, da imensa desilusão que é viva,
no fundo do coração... e então?
Caminho, ando pela estrada do destino e,
sem saber por onde vou, caminho porque sou.
E os medos, os receios, de caminhar, de parar,
afastam-se para me deixar passar...
e sorrio, rio, regojizo por estar aqui,
por estar vivo, a caminhar num só sentido... mas fará sentido?
E desespero, desisto, ataco-me por andar e por parar,
e perco-me no caminho que percorro desde menino,
e consinto o despertar, de algo que me quer afogar na margem do caminho.
Longe das cores, dos amores, junto às sombras que adivinho.
E então afundo naquilo que desconheço,
naquilo que me quer, que me deseja, me consome...
Mas espera, eis que uma luz se vislumbra, na penumbra do que sinto.
Vou? Não vou? Toco? Amo? Compreendo? Porque não?
Que tenho a perder para além daquilo que sempre me fez sofrer?
Vê, o dia cresce, na luminosidade que amanheçe e tu...
já nãos estás sózinho para enfrentar as sombras do caminho.
E assim as cores voltam, os sorrisos,
desvanecem-se os juízos
e sem medo, sem pudor,
caminho com amor,
e descubro o que sou,
sem saber para onde vou.
E então quero, então desejo, então vibro,
gozo, grito, brinco,
com a imensidão do que sinto e,
com fé no destino,
corro pelo caminho e afasto as sombras que adivinho.
E assim, confiante, sinto, quero, sei,
que o destino distante é aquilo que eu serei!!!

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