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segunda-feira, junho 12, 2006

Ressaca 

Tenho o neurónio desidratado,
pensamento desgastado, desfocado...
O estômago não fala, manda recado,
ao discernimento... maltratado.

A consciência está na urgência,
fixada na radiografia da evidência...
E o corpo, em permanente decadência
é a transparente essência... da emergência.

Os sentidos, embrutecidos, estão perdidos,
sentem-se esquecidos, os ouvidos...
Os olhos ressequidos estão destituídos,
dos gostos excluídos... nos cheiros desconstruídos.

A lembrança, aviva a crença da matança,
Aquele copo, o da esperança, foi vingança...
Aquela dança, que me alcança foi gota de mudança,
e o corpo, cansa... a memória que descansa.

Assim estou, e neste estado sempre vou,
aquele que dançou, que bebeu tudo e voou...
Sou o que emborcou, e que notou, e que se matou,
e que não percebe bem... se é nisto que se tornou.

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